quarta-feira, 21 de março de 2012

VÍRUS

É ser vivo...

Não é ser vivo...

Possui constituição química orgânica e material genético

Não possui organização celular (membrana, organelas etc.)

Comanda o metabolismo da célula hospedeira, levando-a a reproduzir novos.

Fora da célula é metabolicamente inerte (não metaboliza).

O ácido nucléico viral pode sofrer mutações e originar novos vírus, caracterizando o processo evolutivo.

São parasitas intracelulares obrigatórios e por isso alguns cientistas os consideram como partículas infecciosas.

ESTRUTURA DOS VÍRUS

VÍRUS NÃO ENVELOPADO

Possuem forma variada;

· Com uma ou mais cápsulas de proteína (capsídeo);

· Genoma constituído de DNA ou RNA;

· O capsídeo ou cápside determina a forma do vírus;

· O capsídeo pode ser constituído de um único tipo de proteína ou por várias diferentes;

· O capsídeo protege o ácido nucléicos contra qualquer problema causado por fatores ambientais;

· O capsídeo permite a ligação do vírus aos receptores específicos presentes na superfície da célula hospedeira, no processo de infecção viral;

VÍRUS ENVELOPADO

· Possui um envoltório membranoso denominado envelope, que envolve o capsídeo;

· O envelope é uma porção de membrana plasmática ou nuclear colhida pelo vírus ao emergir da célula infectada.

· No envelope há lipídeos de origem celular e proteínas codificadas pela célula e pelo genoma viral;

· Por ter composição semelhante às membranas celulares do hospedeiro, o envelope protege o vírus da ação do sistema imunológico e auxilia na infecção por se fundirem às membranas plasmáticas da célula hospedeira;

Vírus envelopado X Vírus não envelopado

Devido ao envelope o sistema imunológico demora a identificar o vírus.

São facilmente reconhecidos pelo sistema imunológico.

Comanda o metabolismo da célula hospedeira, levando-a a reproduzir novos vírus.

Fora da célula é metabolicamente inerte (não metaboliza).

O ácido nucléico viral pode sofrer mutações e originar novos vírus, caracterizando o processo evolutivo.

São parasitas intracelulares obrigatórios e por isso alguns cientistas os consideram como partículas infecciosas.

São facilmente inativados no ambiente;

Mais resistentes às condições ambientais, pela sua capacidade de cristalização.

Transmitidos em geral por via respiratória ou por contato direto

Podem ser transmitidos por via hídrica

GENOMA VIRAL

Os genomas virais são em geral muito pequenos, contendo a informação necessária para a síntese de vírus completos e para programar a maquinaria sintética da célula hospedeira para a replicação de componentes do vírus.

· Os vírus de células animais são agrupados em:

1) Vírus de DNA de fita dupla

2) Vírus de DNA de fita simples

3) Vírus de RNA de fita dupla

4) Vírus de RNA de fita simples.

OBS: Os RETROVÍRUS são vírus de RNA de fita simples.

CICLO INFECCIOSO

· Adsorção – Compreende a aderência do vírus à superfície da célula hospedeira. Depende da interação entre receptores específicos da superfície da célula hospedeira e proteínas de aderência (espículas), que se projetam da superfície do capsídeo ou do envelope.

· Penetração – Alguns vírus envelopados fundem-se à membrana plasmática da célula hospedeira e apenas o nucleocapsídeo penetra. Outros vírus envelopados e todos os não envelopados penetram inteiros na célula por endocitose.

· Desnudamento – Remoção do capsídeo com exposição do genoma viral, que ocorre quando o vírus penetra inteiro na célula.

· Biossíntese – Síntese do material genético

· Maturação – Montagem dos novos vírus

  • Liberação – Saída dos vírus por brotamento ou lise (rompimento das células hospedeiras).




CICLO INFECCIOSO

FASES DE REPRODUÇÃO

· FASE LISOGÊNICA – Na fase lisogênica, o vírus insere seu material genético na bactéria ou na célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também.

· FASE LÍTICA – Na fase lítica, utilizando-se dos recursos celulares, o vírus promove uma intensa duplicação do próprio material genético e a produção de novos capsídios. O material genético duplicado do vírus é, então, envolto dos capsídios e novos vírus então estão completamente formados. Depois de formados é liberada uma imensa quantidade de vírus aptos a reiniciar um novo processo de infecção.



RETROVÍRUS

· São vírus de RNA que contêm a enzima transcriptase reversa, que produz uma cópia de DNA a partir do RNA viral.

· O DNA viral, incorporado ao DNA celular, torna os retrovírus semelhantes aos vírus de DNA.

· As taxas de mutação dos retrovírus são ainda maiores que as dos demais vírus de RNA.